segunda-feira, 12 de abril de 2010

ANÁLISE

18.02.2010


Algo se move dentro de mim
E se distancia e me constrange
Se despede
E me enluta só de lembranças
Amar
O mar de ti em mim
Secou
Se vou
Não sei
Vencido pela dor da desilusão
Cresci em mim
O meu amor de mim
Soltou
Pairando em algum vagar
E não há repousar
Aterrissar
Beira-mar de mim
Sou eu mesmo devolvido
Nu e inteiro,
E livre de você

BIOGRAFIA



Eu sou um samba chulo,
Samba de roda de negro dançar
Oração de procissão vinda do mar
E uma ladainha pra Nossa Senhora
Sou eu mesmo a rezar

Sou batuque

MAR DE MIM

10.04.2010


Em mim corre muitos rios
De águas doces, puras, infindas
Boas de beber, boas de rezar
Piracuamas de Iaras brancas
Sereias que entoam amores a me enfeitiçar
E há cachoeiras...
Meu coração é uma cachoeira
Destroçando águas de desejos
Nos rochedos de realidades de enganar.

Em mim há léguas de sertões
Terras secas, rachadas, tristes
Sem verdume, mas com beleza
Curupiras confundindo rotas
Rotas de mim pra mim, e não há chegar
E há delicadezas...
Den´de mim há uma rosa seca
Tomada de espinhos de pontas finas
Marcados nos roseirais em mim, de amar

Eu sou mar e chuva
Lágrima de alegria a me molhar
Poema triste, vendaval em fim de tarde
Neblina fina, folhas verdes
Olhos de Yemanjá
Den´de mim corre um mar, profundo e lindo
Misterioso e sombrio de tanto amar