10.04.2010
Em mim corre muitos rios
De águas doces, puras, infindas
Boas de beber, boas de rezar
Piracuamas de Iaras brancas
Sereias que entoam amores a me enfeitiçar
E há cachoeiras...
Meu coração é uma cachoeira
Destroçando águas de desejos
Nos rochedos de realidades de enganar.
Em mim há léguas de sertões
Terras secas, rachadas, tristes
Sem verdume, mas com beleza
Curupiras confundindo rotas
Rotas de mim pra mim, e não há chegar
E há delicadezas...
Den´de mim há uma rosa seca
Tomada de espinhos de pontas finas
Marcados nos roseirais em mim, de amar
Eu sou mar e chuva
Lágrima de alegria a me molhar
Poema triste, vendaval em fim de tarde
Neblina fina, folhas verdes
Olhos de Yemanjá
Den´de mim corre um mar, profundo e lindo
Misterioso e sombrio de tanto amar
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