14.07.10
Bem de noite
Minha poesia vem de noite
me visitar
de dia anda por entre beiras
sobe morros, arranha-céus.
Acompanha procissões, funerais
Igrejas, museus e crianças a chorar
E de noite vem me contar.
Minha poesia gosta do breu
Das noites calmas
Lâmpadas artificiais mentindo luas
A paz da luz quando nua.
De noite, quando o sol se despe de sua fantasia
E a vida passa a nos desiludir.
[Mas de tanto gostarmos da ilusão:
Vem o sono].
Nenhum comentário:
Postar um comentário