sábado, 17 de setembro de 2011

APAIXONO-ME NOVAMENTE

nada há por detrás dos escombros
só a fumaça
esfuziante embriaga
os sonhos tropes dos famintos.
há desvalidos por toda parte!
            e todo passado arde
onde todo futuro parte.
sirenes de pensamentos loucos enlouquecem
movimentos marítmos bruscos
entontecem,
e enjoam,
e inauguram uma outra paz

apaixono-me novamente!





enquanto houver algum raio
de sol ou febre
alguma arte que imite
a vida, ou fere.
alguma ferida.
haverá mistério e encanto
dentro do infinito

e seremos um pouco tristes.






A GRADE AGRIDE
A MORTE


A GRADE NÃO AGRIDE
A ARTE



vivo a vida
sobrevoando
nos ápice dos descaminhos da dor.
sinto amor
e me revivo
iluminando alguma ilusão de amor

o amor é mesmo assim
deve ser depurado e aguado
c´oas águas de desilusão e dor
no cadinho da paciência
na quietude das diferenças
no instante dulcíssimo
de algum horror

e se me houverem desprezado
à sorte de morrer de amor
agradeço e encanto-me de medo
na certeza de ter tido na vida
a febre de sentir calor

eu continuo sobrevoando
nas encruzilhadas de amor e dor
reunindo o que me encanta
revolvendo ao ser o amor.