segunda-feira, 18 de outubro de 2010

zen-dia-bólica

pálida face . e, de tão zen, perturba intranquila os olhos de quem vê . (des)frauda os desejos mais ternos e os invoca outros deuses . adeuses . rubi . sua beleza é um rubi 'inda não talhado, mas polido . e eu a admirá-la a calmaria turbulenta de suas mãos . lindeza . me olha fundo a alma com tal exatidão que eu, sem modéstia ou temor, fico atordoado . o aumentativo que eu lhe imponho é doce admiração . invejo-a . e, no entanto calo . alguma nossa senhora com seus cabelos sobre o mar . inspiração . docura d'algum lugar . d'algum clarão . abraçá-la é luz . claro na minha escuridão . por onde andavas por dentro de mim que eu não te via? . iguana a me olhar . perto de ti tudo vira sonho . arquétipo do silêncio do clarão . descanso intranquilo . teu olhar, de tão calmo arrebenta as forças nirvânicas dentro de nós e faz temporal . calmaria e furacão . companhia e solidão . e eu só desejo beijá-la e seguir em vão .

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