domingo, 10 de junho de 2012

UMAS SAUDADES

                            soneto inacabado para meu pai, Carla Guerra, Juliana Ciciliatti e Valdez!


Andam me brotando umas saudades
tropegas, como as palavras sem canção
inundando-me feito faze sua oração
trazendo-me às vistas minhas calamidades.

Saudade de ler poemas e rir deles, com ardor
de cantarolá-los ao som de sopros, ventanias
de tomar café em outras cercanias,
e inventar uma nova palavra ao invés de amor.

Saudade da noite, do barulho-som dos silêncios
das trovas artesanais, retalhos de momentos
risos de cantos de olhos de meu algum  lamento.

Saudade mata sim... ferida funda que se sente
que arranha a pele árida de pedra da gente
brotando no fundo escuro de se ser: lágrima-semente!

Um comentário:

  1. Lágrima-semente
    que brota do fundo da alma
    que é regada pelo sorriso e pelo choro
    por carregar a nobreza
    a grandeza
    e a pureza
    do oxigênio que move o ser

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