infecciosos
e o algodão suave como a bruma
aumenta minha exasperação
ouço intenso o barulho dos meus ares
e todas as partes
do dentro de mim
bailam e se batem, e caem estranhas
como um balé moderno
[só ao som da respiração]
o barulho do dentro da gente
é de encanto assustador
amortiza e faz sonhar
feito o amor, o riso e a dor.
feito a morte com seu explendor
como o dia
sua alegria
no repente do susto algo pára:
não para os aplausos do espetáculo
de um publico só, só-eu-público.
e as sensações, medo, riso e sonhos
que se atracavam em um mar risonho
não congelam como os bailarinos
do balé moderno
eles vibram indissoluvelmente neste
corpo-sem-órgãos de todo-ninguém
questionando: proncovô,
nesse sol irritante?
(Grupo O Corpo, 2005)
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