terça-feira, 2 de novembro de 2010

SONETO DO AMOR QUE ACABOU SEM SE SEPARAR

2.11.10
Pinda

Cessem todas as miragens de Andrógino de Platão
Parem todas as cantigas que amor revela
Devolvam-se, cada qual, a roubada costela
E entreguem-se aos descaminhos da ilusão.

Não cantem mais as canções de Roberto
Nem suspirem às nuvens alguma felicidade
Já se ouvem os murmúrios na infeliz cidade
Acordem do suave sonhar brando dum deserto.

É o amor que acabou... e que mal há nisso?
Não há terror, nem ódio, nem mentira
Face estúpida, mas sincera de uma vida.

Um amor que acabou sem se separar
Como tantos de tantos outros n’algum lugar
Mas guarda lembranças boas, em passos vãos.

4 comentários:

  1. [i][b] Pois, que não? Num mundo de possibilidades, enganar-se pelo amor é fato corriqueiro... e que mal há nisso?

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  2. [...]O contrário também
    Bem que pode acontecer[...]

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  3. Sim.. estamos fadados a tudo... tratei do problema do contrário em um poema anterior chamado "Soneto do amor que separou sem acabar", publicado neste blog!!!
    O amor confunde a gente... mas a gente gosta de amar mesmo assim!!
    Abraços anômimo ou anônima! rsrsrs

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