sábado, 13 de novembro de 2010

SONETO DO ORGULHO QUE APRISIONA O AMOR

Não nos vemos mais... e, se nos vemos, não falamos
Um “oizinho” tão seco e frio como as tardes
Nossos olhos se nos atravessam, fazendo alarde
Querendo encontrar a nós, lá onde não estamos.

Um suspiro arrebata, arrebenta e explode, voraz
E que querendo tocar sua mão com minha mão
Mas não... um abismo nos atravessa em desunião
E eu me escondo detrás do orgulho tão fugaz

Você querendo lançar-se em meus braços com exasperação
Refreia incólume ante o orgulho que aprisiona o amor
“Não... eu que tome algum passo em sua direção!”

E seguimos os dois, a passos largos, outros caminhos
Tristes, nos furtando de todo algum nosso carinho
Mas inteiros, guardando o orgulho besta de não ter cedido.

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