quinta-feira, 2 de dezembro de 2010





céleres passos
no fim da escada.
___quem és que me ignora
o medo de tê-la na distância do olhar,
ao cheiro do teu respirar
na distância da boca, do beijar?
__ quem sobre as escadarias do meu ser
e que, no meu entardecer
estremece?



definitivamente não te conheço!




não te conheceria as mãos tão nazarenas
tão estrangeira familiar
feito um poema de gullar
à nossas crianças afagar...



e continuas a subir as escadas
de mim
e, se há algum fim
diante dela, algo mais me faz tremer
___ vou ver-te quando acordar?
___ vais chegar?



e pulso, pulso, pulso, pulso



meu coração arrebenta como
onda do mar
inferno de tempo passar num átimo!
e eu a olhar...
perto de ti o tempo parece perder-se
e eu pareço perder tempo
perder-te ao tempo
resta-me o arrependimento
gal cantando um lamento
e uma brisa


aos degraus finais páras, respiras
suavissimamente
e, suspiradamente olha para mim com tua luz
ri, de canto de olho




...já não mais estou...
arrebatado que sou de teu olhar....
noite de 2-12-2010

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