por entre os espaços vazios
da culturameto-me
onde não resta dúvidas
de alguma usurapreencho os espaços vazios
[todos eles]
e renasço em volta dos canteiros
em volta dos prédiosdos sonhos
e me intervalo.
qualquer feto-filiação e feitiços
da linguageme tiro onda
com todas as pretensas figuras-nomes das
linhagensdurmo em tocas
escondidinhoe na manhã seguinte eu despedaço
já sou o sol queimando
os corpos
aos quais instalo.
rastejo-me
pelos esgotos e lamas
das bandeirase consumido
me refugio no colo doce
das macumbeirasdepois eu sumo
produzo cores e novos fetos, numes e telefones
e anuncioque estou porvindo
[no silêncio revolucionário dos olhares dos esquisitos]
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