quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

APENAS UM SONETO DE QUALQUER SOLIDÃO

Se nada me dissesse, mesmo assim eu saberia
Se do infinito partiu sem me dar notícia
Nas asas de um destino qualquer, ou qualquer via
De pranto raso ou lágrima de uma vã alegria.

E se caminho por entre vales e por entre rios
Ando sozinho, por mim mesmo, com os meus brios
Nenhuma palavra me deixa quiçá menos sombrio
Nem tampouco alegre, nem triste, só mais mesquinho.

E sonso vou, por entre esse Brasil afora
A longes vales na imensidão do agora
Caminhando por mim mesmo e o mar

Mas se me puderem algum dia resgatar,
De minhas mágoas, me socorram ao luar,
E me ensinem se é possível de novo amar...

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