segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

POEMINHA DE AMOR

Cadê você morena?
Donde anda tu, muié?
Foge de onde passa os meu pé
Mais vive me zoiando pronde vou.
Ói que eu posso endoidá muié
Já que tu num sabe o que qué
E eu já nem mais sei quem sou.

Ói que eu sofro um tanto assim muié
Sofro qui nem um beija-frô sem frô
Um samba-canção sem dor
Um São João sem cantador.

Oi que eu posso inté morrê, muié
E tenho medo inté de perder a fé
Pois de tanto rezá pra Nosso Senhor,
Já perdi as conta de quantas missa vô.

Mais se eu pedisse pra Virge Maria
Me valer nessa hora sofrida
Era inté capais de rezá umas mil aves-maria
Só pra ter o seu amor.

Onde tá tu morena?
Por que se esconde assim?
Ói que eu endoido de tanto penar
Ói que eu desterro de tanto te amar.
Vê se vem me alegrá muié
E deixa teus pensamento eu enfeitá
Com tudo o que eu tenho e posso te amar.

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