quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

NO ABSURDO

A miséria do mundo me assusta
Me desampara
A miséria dos homens me arvora
E desacata

Qualquer autoridade



Que será das filosofias
Mitos, deuses,
Se cada noite fria
Mil morrem de hipotermia
E outras sete mil de idolatrias?

Que será do meu espelho,
Meus livros, força
Se a cada ser que vejo
Fragmenta-se incontinenti algum desejo
E nada resta a não seu um beijo.



A riqueza do mundo me assusta
Me desampara
A riqueza dos homens me assola
Mas não desacata

Não há autoridade no absurdo!

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