quando no meio da noite
descalço minhas meias
e espreguiço meus pés
às cobertas.
sinto-te
quando te olho sem ver-me
e na distância dos sonhos
entre meu olhar e teu abandono
reconheço-me.
o amor deve ser assim:
tátil e delirante,
como cobertas e sonhos
aquecendo algum abandono.
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