híbridos monólogos
singulares diálogos
e
outras
rupturas
rizomas.
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MANIFESTO DA POESIA CATIMBOZEIRA
Há mais saúde nos terreiros de candomblé - e nas umbandas – do que em todos os programas sociais para crianças e adolescentes desvalidos, em solo brasileiro.
Isso é fato!
Assim como há mais poesia nos paralelepípedos que pisamos e nos tijolos das casas, do que nas Academias de Letras.
Isso também é fato!
Para uma poesia que conflui o passo, o andar, e chão e o vento, sem se descurar o músculo da perna, os glóbulos sanguíneos, nem tampouco o corpo astral e as constelações... ah... e a folha que cai lá no Japão.
Unimiltiplicidade. Plurimonológica.
Fixa de conexões e tradições.
Catimbó.
Poesia feita de nomes, só de nomes.
De pedacinhos de areia, de praias, de linhas.
Sem significantes, significâncias, só ânsias de vômito e algum assombro social.
Rizomática
Deleuziana e, no entanto, sem Deleuze.
Floresta da Tijuca e Piracuamas.... e Bethania cantando.
Transambas e outros temas.
Catimbó.
Para uma poesia sem métrica, beleza, espaços em brancos.
Filha do marginal, do casto, da puta, das igrejas e dos despachos nas encruzilhadas.
Produto da marreta e dos explosivos.
Catimbó.
Mas que fale de amores, de bons encontros, de música e outras formas de ser.
Criações, recreações, procriações, ações, inações, imaginações, armações e produções. Cordel e Hollywood.
Corpo sem órgãos e sem luz.
Desejo. Máquina. Desejo. Pulsão como o tesão.
Como a flor a sair da semente.
Como o desejo.
Unimiltiplicidade. Plurimonológica.
Fixa de conexões e tradições.
Catimbó.
Há mais poesia nos decreto-leis dos deputados que nas bibliotecas.
Há mais poesia das ferraduras dos cavalos dos sertanejos e nos cachimbos dos drogados do que nas linhas dos poetas.
Isso também é fato!
Catimbó.
Transambas.
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