Correm olhos:
a-terro-risados
- N`algum lugar deve haver pombos!Dentre gritos de silêncio
- de silêncio de pavor
Engatilha-se a metralhadora dos desejos,
Sem dó
UM BEIJO.Metástases de guerras
Quando sê-las já não era – vão.
Lágrimas cálidas de esperanças
Oco da lembrança jaz
Imune a voz inume.
Árvores negras avermelhadas
Fazem-se ninhadas pra pombinhos brancos sós
A lua e sua noite/casca de trovão.
Cai outro
e outro
e outro.
Sobe uma luz.
Eletricamente atraída por mosquitos
Esquisitos
Siglas de impérios/misérrimos mistérios.
Jornal robusto dum sangue. Pouco.
Bang bang numa mão
Rosas de bombas e o coração na outra.
E correm homens verdes de suas balas.
Não é Cosme e Damião.
Mortífera bala de deus
À-Deus.Ergue-se-nos outra luz. Outro cai
E mais outro, e outros, e todos.
Lembra da mãe
sorrindo ao som
A fruta no capim... do campo ...
Honra ao mérito homicida... DE CONCENTRAÇÃO
Nossas Senhoras suicidas nas esquinas
Omissa
forma de vida.Disto surge a paz.
Dos estilhaços de pranto e pernas de encanto
Expulsa-se o bicho homem lindo. Criança.
A paz.
E ela chora!.
Não consigo imaginar a paz, tão falada e tão cantada hoje em dia, senão vindo de uma criança... por isso quis retratar o nascimento de uma criança no meio do caos da guerra para mostrar que, apesar da maldade, existe a bondade... não há nada tão mau que impossibilite que o bem surja.... não há escuridão que não pressuponha a luz....
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